A Fazenda Nossa Senhora do Amparo, em Maricá, passou a contar com uma nova tecnologia de segurança: drones equipados com câmeras termográficas. Esses drones são capazes de identificar pessoas na mata, inclusive à noite, complementando o trabalho das equipes de vigilantes armados que já fazem rondas no local.

A fazenda, localizada no Caju e pertencente à Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), realiza projetos de produção de fármacos e alimentos em parceria com universidades federais. A introdução dos drones visa aumentar a segurança dos campos, das estruturas e das equipes de pesquisadores que trabalham na extensa área da fazenda.

**Fernanda Garcia, superintendente da Codemar, explicou:**
> “A equipe de vigilância já atua desde o primeiro semestre. Temos rondas 24h. O drone é uma ferramenta que vem aperfeiçoar e facilitar o trabalho, auxiliando os vigilantes a monitorarem todas as áreas da fazenda, fazendo o controle de todo o perímetro.”

Os vigilantes estão recebendo treinamento para operar os drones. Esse curso inclui desde a decolagem e monitoramento até o pouso seguro do equipamento. Com os drones, os vigilantes podem acompanhar pessoas e atividades suspeitas tanto com imagens coloridas quanto com imagens térmicas, o que é especialmente útil à noite.

**Joaquim Morgado, instrutor de operações com drone, afirmou:**
> “Os agentes saem do curso capacitados para decolar com o equipamento, fazer o trabalho de monitoramento, voltar e pousar com segurança o drone. Com o equipamento, eles podem acompanhar pessoas, com imagens coloridas e com imagens termais, muito úteis principalmente à noite. É possível identificar as pessoas, mesmo em meio à mata.”

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O treinamento dos vigilantes vai além da simples operação dos drones. Inclui noções de segurança eletrônica, arquitetura dos drones, operação e tipos de imagens (investigativa e preventiva). O curso é ministrado por especialistas, como Evelyn Marcelino, instrutora de vigilância e segurança patrimonial.

Evelyn Marcelino explicou:
> “Os agentes recebem as noções de segurança eletrônica. Ensinamos sobre a arquitetura do drone, operação e tipos de imagens, que podem ser principalmente investigativa e preventiva. Todo um planejamento de segurança específico para esse ambiente, que é um lugar muito grande com muitos acessos.”

Antes de ser adquirida pela Codemar, a fazenda sofria com invasões e atividades ilegais, prejudicando a biodiversidade local. Os drones agora ajudam a monitorar rapidamente os 200 hectares (2 milhões de metros quadrados) da fazenda, identificando pessoas pela temperatura corporal, mesmo na escuridão total.

Joaquim Morgado comentou sobre o uso do drone:
> “O equipamento pode voar a mais de cem metros de altura, mas aqui não é necessário. Por norma o mais alto é 120 metros. Estamos aqui perto de um aeroporto, então o nosso drone tem uma autorização para voar em área amarela, um pouco mais restrita, sem oferecer qualquer risco ao tráfego aéreo.”

A utilização de drones termográficos na Fazenda Nossa Senhora do Amparo representa um avanço significativo na segurança patrimonial, garantindo a proteção dos projetos desenvolvidos e a integridade do local contra invasões e atividades ilegais.

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