A 15ª Conferência Municipal de Assistência Social foi concluída nesta sexta-feira (11/07) na Arena da Barra, reunindo mais de 300 pessoas em dois dias de intensos debates, apresentações culturais e construção coletiva de propostas para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). A iniciativa foi promovida pela Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, com o tema central “20 anos do SUAS – Construção, Proteção Social e Resistência”.

Durante o evento, participaram profissionais da área, usuários da rede, representantes da sociedade civil e autoridades. O segundo dia foi marcado por rodas de conversa, encenação teatral sobre violência sexual e discussões em cinco eixos temáticos: universalização do SUAS com equidade; valorização dos trabalhadores da assistência social; integração de benefícios e serviços; gestão democrática com participação popular; e sustentabilidade financeira do sistema.

A subsecretária de Assistência Social e Cidadania, Simone de Almeida, destacou o caráter participativo da conferência.
“Vivemos um momento de escuta e construção conjunta, reafirmando que a política de assistência social precisa ser feita com quem está no território, com quem conhece as reais necessidades da população. A conferência foi fundamental para fortalecer essa rede de proteção”, afirmou.

Sylvia Cantuária, pedagoga de 55 anos e integrante do Eixo 5, celebrou a experiência de participação:
“É muito importante contribuir com ideias e refletir sobre o futuro da assistência social. Além de propor melhorias para o SUAS, ainda vamos eleger representantes que levarão as vozes de Maricá para as próximas etapas.”

A aposentada Raimunda Silva, de 75 anos, que participou das discussões do Eixo 1, também compartilhou sua satisfação:
“Foi emocionante ver tanta gente unida para defender o direito de todos. Eu me senti ouvida e representada. Essa conferência me deu ainda mais força para continuar lutando por um acesso mais justo e igualitário à assistência social.”

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As propostas debatidas nos grupos foram consolidadas na plenária final, que também elegeu os delegados que representarão o município nas etapas estadual e nacional da conferência.

No primeiro dia, realizado na quinta-feira (10/07), o evento contou com a presença de autoridades municipais e federais e uma palestra magna que abordou os desafios e conquistas dos 20 anos do SUAS, reforçando a importância da participação social para a construção de políticas públicas mais inclusivas e democráticas.

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, promoveu nesta quarta-feira (10/07) o 4º encontro de formação voltado à educação e ao cuidado com idosos. A atividade aconteceu no auditório do Campus de Educação Pública Transformadora (CEPT) Professora Zilca Lopes da Fontoura, no Centro, e teve como tema “Pedagogia Social e Inclusão”.

A iniciativa integra um programa contínuo de capacitação para profissionais que atuam com o público idoso na rede municipal, especialmente na Escola de Idosos Milton Felipe Diniz. Professores, motoristas, monitores e articuladores participam dos encontros ao longo do ano, que abordam desde aspectos técnicos e pedagógicos até temas ligados ao desenvolvimento socioafetivo.

A gerente de Ensino de Educação de Idosos, Adriana Ribeiro, reforçou a importância de um olhar sensível no atendimento.
“Atendemos pessoas que já vivenciaram muitos desafios. Por isso, trabalhamos com base em conceitos pedagógicos e também no afeto e na escuta”, disse.

Durante a formação, a professora e pesquisadora Margareth Martins de Araújo abordou o papel da convivência no processo de envelhecimento saudável, propondo uma “pedagogia da convivência” para promover vínculos e inclusão. Já o mestre em Educação Douglas Heliodoro ressaltou como a tecnologia pode ser aliada na aprendizagem de pessoas idosas.

O professor Matheus Silva, de 28 anos, destacou o impacto positivo da formação em seu dia a dia profissional.
“Esse curso nos ajuda a entender melhor como lidar com os idosos no cotidiano da escola e repassar os conhecimentos de forma mais cuidadosa e afetiva”, relatou.

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A próxima formação está prevista para agosto e trará como tema “Autoconhecimento e Identidade”, abordando temas como gênero, preconceito e etarismo.

O Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, realizou nesta quarta-feira (16/07) a quinta captação múltipla de órgãos de 2025. A ação, promovida pela Prefeitura de Maricá por meio da Secretaria de Saúde, captou fígado, rins e córneas de uma paciente de 35 anos, moradora de Itaipuaçu, que teve morte encefálica confirmada.

Com a captação, cinco pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) serão beneficiados com transplantes, ganhando nova chance de vida e qualidade no tratamento. A unidade hospitalar já contabiliza desde 2022 a abertura de 33 protocolos de morte encefálica, com 16 captações efetivadas e 172 estruturas corporais captadas, incluindo órgãos, globos oculares e tecidos.

A diretora-geral do hospital, Ana Paula Silva, destacou o gesto de solidariedade da família da doadora e a importância do trabalho realizado pela equipe multidisciplinar. “Essa atitude salvou vidas. A CIHDOTT e nossa equipe qualificada garantem um processo ágil e humanizado, conforme a orientação do prefeito Washington Quaquá, fortalecendo o SUS em Maricá”, afirmou.

O processo de captação se tornou ainda mais eficaz desde a inauguração do heliponto em julho de 2024, fruto da parceria com a Codemar, que facilita o transporte dos órgãos para transplante com maior rapidez e segurança.

O secretário de Saúde, Marcelo Velho, também comentou a relevância da ação. “A captação realizada no Hospital Che Guevara reforça o compromisso com a vida e a importância da doação de órgãos. Estamos construindo uma estrutura de saúde baseada em responsabilidade, cuidado e humanização.”

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A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) é responsável por acolher e orientar as famílias dos pacientes com suspeita de morte encefálica, promovendo uma abordagem humanizada sobre a possibilidade de doação.

A Prefeitura reforça a importância de manifestar o desejo de ser doador de órgãos à família, pois apenas parentes de até segundo grau podem autorizar o procedimento após a morte.